A Origem do Mascote: Como um Tigre de Bengala se Tornou o Símbolo do Atlético Paranaense

A Origem do Mascote: Como um Tigre de Bengala se Tornou o Símbolo do Atlético Paranaense

A Origem do Mascote: Como um Tigre de Bengala se Tornou o Símbolo do Atlético Paranaense

No universo do futebol brasileiro, cada clube carrega em seu símbolo uma história que transcende o esporte, mergulhando na cultura e na identidade local. O Atlético Paranaense, um dos gigantes do futebol do Paraná, possui uma das narrativas mais peculiares e pouco conhecidas sobre a origem de seu mascote. Enquanto muitos times adotam animais por características simbólicas como força ou agilidade, a escolha do Furacão por um tigre de Bengala tem raízes em um evento real e surpreendente, que remonta às décadas iniciais do clube, fundado em 1924.

A história se desenrola nos anos 1930, um período de consolidação para o futebol paranaense. O Atlético Paranaense, então conhecido como Atlético Foot-Ball Club, buscava elementos que fortalecessem sua imagem junto à torcida e à comunidade de Curitiba. Foi nesse contexto que um fato inusitado ocorreu: a chegada de um tigre de Bengala vivo à cidade, trazido por um circo itinerante que se apresentava na região. O animal, exótico e impressionante, rapidamente chamou a atenção da população, incluindo dirigentes e torcedores do clube.

Inspirados pela ferocidade e imponência do tigre, figuras-chave do Atlético Paranaense começaram a associar essas qualidades ao time em campo. A ideia ganhou força quando, em partidas importantes, a torcida passou a usar referências ao animal para incentivar os jogadores, gritando frases como “vamos, tigres!” durante os jogos. Essa conexão orgânica entre o felino e o espírito de luta da equipe levou à adoção formal do tigre como mascote, em um processo que misturou folclore local e identidade esportiva. Curiosamente, o apelido “Furacão”, mais tarde consolidado, coexistiu com essa representação animal, embora o tigre tenha se mantido como símbolo visual central no escudo e na iconografia do clube.

Detalhes dessa curiosidade histórica incluem:

  • Período: Década de 1930, durante a fase de formação da identidade visual do Atlético Paranaense.
  • Local: Curitiba, Paraná, onde o circo com o tigre se apresentava.
  • Figuras Envolvidas: Torcedores e dirigentes do clube, que popularizaram a associação com o animal.
  • Impacto: Consolidação do tigre como mascote oficial, refletido no escudo e no marketing do time até hoje.
  • Fontes Históricas: Registros de jornais locais da época e memórias de antigos torcedores, que documentam a presença do circo e a adoção do símbolo.

Essa história revela como elementos do cotidiano podem moldar a cultura esportiva de forma duradoura. O tigre de Bengala, mais do que uma simples figura, tornou-se um emblema de resistência e tradição para o Atlético Paranaense, conectando gerações de fãs. Em uma era onde mascotes são muitas vezes criados por estratégias de marketing, a origem do símbolo do Furacão destaca-se por sua autenticidade, nascida de uma curiosidade real que cativou uma cidade inteira. Para os amantes do futebol brasileiro, é um lembrete de que as melhores histórias estão, muitas vezes, nos detalhes esquecidos dos arquivos históricos.

— Lance do Jogo